quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Jack, o tão temido porquinho e outras carnes


ATENÇÃO! Se você tem estômago fraco, só veja o vídeo e leia a receita, ou nunca mais vai querer comer carne ou qualquer outra coisa!


Logo em seguida das aulas de legumes, começaram as de carnes, não tava muito empolgada, pois nunca tive familiaridade com os bichinhos visto que minha mãe não gosta de fritura, gordura, colesterol, nem liga se tem ou não carne no prato dela. Então, aqui em casa, carne era uma vez sim e muitas vezes não, e nunca, jamais se fritava, pra não sujar a cozinha. =/

Além do que, tinham me contado do tal leitão que a gente ia ter que limpar e desossar! Eu chegava todo dia de vagarzinho na sala, olhando com cuidado pra bancada, rezando pra não ser o porquinho, hauhauah!



No início foram apenas peças de carne tipo alcatra, maminha, filé, pra gente limpar e fazer os cortes, eu fui tomando gosto pela coisa, adorava limpar as carnes e quando aprendi a selar e dar o ponto certo, foi uma sensação.

Mas as coisas foram ficando sinistras, um dia, cheguei na sala e, tarãmmm, um rabo enorme de boi, que mais parecia um braço humano! Nuh, jogos mortais na minha grande mente fértil, fiquei meio bamba, confesso, mas encarei, limpei ele todinho e cortei direitinho nas juntas. Rá!

Quando achei que só faltava o porquinho, me aparece um bruta peixe sobre as bancadas, ah, beleza, peixe é moleza, pensei. Foi ai que começou o terror, o professor pediu para abrirmos o abdômen do bichinho, da boca até na cauda, e avisou que ERA PRA USAR SÓ A PONTINHA DA FACA. No meu grupo éramos eu, minha amiga e nosso amigão. Como o couro do bicho era duro, nosso amigão entrou em ação e bláu passou-lhe a faca, mas quando abrimos putz, que odor, havíamos cortado demais e perfurou o intestino, nuossa, ai a galera saiu correndo aquele cheirinho agradável, tiramos as entranhas com cuidado, e credo, era muito mole e com cor de sangue depois a guelras que eram pior ainda e finalmente as escamas e ficou lindo! Só que ainda tinha mais, polvo, lula e mexilhão! Mininu, e pra experimentar o polvo pela primeira vez, aquele chicletão com gosto acentuado de peixe, as lulas que até gostei, e mexilhões são bonitos só de ver, até desinteressei um pouco de camarões meus prediletos. Mas graças a Deus, tudo na vida passa e outro dia, comi um sushi de polvo que tava um espetáculo.

Eis que um belo dia, lá está ele, o porquinho, que nem o Baby, que dó! Fiquei de longe observando meus colegas mais corajosos limpando a traquéia e tirando os olhos. Foi aí que um dos meus amigos que era viciado em picar igual a mim, propôs-se a desossar o bichinho e isso me incentivou, ele perguntou, quer fazer um pouco Tâmara? E lá fui eu, rezei, agradeci a Deus por ter a oportunidade de aprender com aquele animalzinho e cai de boca, ou melhor, meti a faca, gente foi lindo, eu desossei metade sozinha e sem perfurar a pele, entrei numa espécie de transe e só voltei a mim quando tirei o ultimo ossinho de dentro da carne e foi ai que ouvi a galera: -Nossa olha a Tamtam, tá que nem o Jack estripador! Huahauhauhauah! Ai foi só alegria! Foi terapêutico, recomendo, se estiver chateado, com raiva ou qualquer sentimento te aporrinhando, desosse um porquinho, mas reze antes, rs!

Falando em porquinho, tem uma receita que adoro, a chamo de

Filé de porco crocante

É só ter:

- Filés de porco
- Farinha de trigo
- Ovos
- Farinha de rosca
- Óleo para fritar

Temperar os filés.
Passar os filés na farinha de trigo, nos ovos e por último na farinha de rosca.
Fritar em óleo, não precisa ser quentão, pode ser só quente.
Servir com um molho de sua preferência, pode ser barbecue, tonkatsu, molho de queijo, mas, na minha opnião, a vedete será um chutney de manga, nuhhhhhh vocês tem que experimentar e pra finalizar, uma salada de folhas salpicada com parmesão. Espero que apreciem!

Beijos!

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